O meio-atacante Kaká topou o desafio lançado pela repórter Lia Lehr e respondeu às perguntas dos leitores enviadas ao site de QUEM. Leia-as a seguir:
Ricardo Izecson dos Santos Leite, nasceu no dia 22 de abril em Brasília, Brasil, tem 1,86 m, pesa 82 kg e atualmente joga pelo time espanhol Real Madrid.
Luiz Fernado Francisco, Itajaí, SC - O que você menos gosta no mundo do futebol?
Kaká - O que eu menos gosto no futebol é a violência nos estádios. É muito bom poder ver famílias, crianças, jovens e idosos nos estádios. E a violência faz com que as pessoas se afastem desse espetáculo que é um jogo de futebol.
Kamila Silvestre, Campo Grande, MS - Como você conheceu sua mulher?
Kaká - Através dos nossos pais, que se conheceram antes. Depois trocamos telefone e começamos a nos comunicar, ficamos amigos e passamos a namorar.
Alinne Gontijo, por e-mail - Gostaria de saber se pelo fato de você não se envolver em escândalos nem se preocupar mais com a fama do que com a carreira (diferentemente de outros jogadores famosos), mas comprometido com seus ideais, com Deus e com sua família, se faz à diferença na sua vida profissional?
Kaká - Faz muita diferença. Para mim, ser fiel aos meus valores, não permitir que nada roube aquilo que é a minha certeza e convicção. Isso faz com que eu seja sempre muito focado na minha profissão. Quando você é feliz na vida pessoal, consegue com mais facilidade ter bons resultados na vida profissional.
Ricardo Sousa, por e-mail - Que profissão seguiria se não fosse jogador?
Kaká - Seria engenheiro como o meu pai.
Beatriz da Costa, Rio de Janeiro, RJ - Você se sente realizado profissionalmente?
Kaká - Me sinto muito realizado, mas não satisfeito. Acredito que tenha muita coisa para conquistar ainda, ou melhor, dobrar tudo aquilo que já foi conquistado.
Adriana Lais, Contagem, MG - O que você acha das ‘kakazetes’ do Brasil?
Kaká - Tenho um carinho muito especial por elas, porque a grande maioria torce pelo meu sucesso, e pelo sucesso da minha família.
Sabrina Marques, Paulista, PE - Já sofreu algum tipo de preconceito, perseguição ou até mesmo provação no mundo futebolístico, pelo fato de ser evangélico?
Kaká - Nenhuma. Até porque hoje são muitos os atletas que são evangélicos. E sempre fui muito respeitado, porque também respeito muito a todos.
Marcos da Rocha, Santos Dumont, MG - O que o casamento mudou em sua vida?
Kaká - O casamento me fez crescer bastante, amadurecer em muitas áreas da minha vida. Sempre acreditei que o casamento é uma grande bênção e tenho vivido isso hoje na minha casa.
Paula Luciana de Andrade, São Bernardo do Campo, SP - Qual foi o momento mais marcante de sua carreira?
Kaká - Os momentos mais marcantes foram as minhas grandes conquistas, como a Copa do Mundo em 2002, pois eu era o caçula daquela seleção, com apenas 20 anos, e isso foi demais para mim. A conquista da Copa da Europa, em 2007, e do Mundial da Fifa, no mesmo ano, também. E, claro, os prêmios individuais, como a Bola de Ouro e o prêmio de Melhor Jogador do Mundo pela Fifa (2007).
Ana Lúcia Mendes, São Paulo, SP - Quais são seus objetivos profissionais? E pessoais?
Kaká - Eu vivo de metas e objetivos. Os próximos, em curto prazo, são fazer 100 gols com a camisa do Milan (faltam seis), conquistar a Copa das Confederações com a Seleção Brasileira e a classificação para a Copa do Mundo o mais rápido possível. Na vida pessoal, desejo conseguir transmitir para meu filho nossos valores de vida.
Márcio Figueira Souto, Itapira, SP - Quem são seus ídolos na profissão?
Kaká - Meu grande exemplo como jogador sempre foi o Raí. Quando eu estava crescendo nas categorias de base do São Paulo, o Raí era o grande nome do time naquela época e, por eu jogar na mesma posição que ele, eu sempre queria ser o Raí na hora de jogar bola com os meus amigos.
Núria A. Mendes, São Caetano do Sul, SP - Há quantos anos está fora do Brasil e do que sente saudade?
Kaká - Saí do Brasil em agosto de 2003. Do que eu mais sinto saudade são os amigos e parentes. Mas tem uma saudade que é difícil de explicar, que é a saudade da terra, de falar a língua em todo lugar, das comidas, do povo.
Priscila Noronha, Salvador, BA - O que faz nas horas vagas?
Kaká - Gosto de fazer coisas com minha família, viajar, sair para conhecer outros lugares, brincar com meu filho, levá-lo para passear e sair para jantar com os amigos.
Átila Mathias, Rio de Janeiro, RJ - Tem alguma intenção de um dia voltar a jogar no Brasil, a exemplo de Ronaldo e Adriano, mesmo sabendo que aqui os salários são menores?
Kaká - Quando o jogador volta para o Brasil ele sabe que é uma outra realidade econômica e profissional. A curto e médio prazo não tenho a intenção de voltar. Talvez em um futuro mais distante.
Leonardo C. Ferreira, São Paulo, SP - É comum vermos jogadores xingarem e até brigarem em campo, mas você está sempre tranquilo. Nunca perde a paciência?
Kaká - Às vezes acontece. Durante o jogo, os nervos estão à flor da pele, mas acho que consegui desenvolver o domínio próprio de uma forma que consigo me controlar.
Billy Bob, Fortaleza, CE - Pretende deixar o futebol um dia e virar pastor?
Kaká - O que eu gosto é de transmitir para as pessoas aquilo que Deus tem feito na minha vida e que pode fazer na vida delas também. Hoje faço isso através do futebol. Quem sabe, um dia eu possa fazer isso através de um altar e uma igreja, pois eu gosto muito de estudar a Bíblia e conhecer sempre mais do poder Dele. Um dia, se Deus quiser, serei também pastor.
Fonte: Revista Quem
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